quinta-feira, 13 de maio de 2010

Tudo pela paixão

Entendo as paixões humanas. São frágeis. Inúteis. Verdadeiras ilusões, financiadas pelo orgulho, egoísmo, desamor e ambição.

Os seres humanos, morrem e matam por elas. Desrespeitam a vida e zombam dos outros seres.

Nossas paixões, carregam nosso espírito e manifestam-se como instrumentos de desrespeito, individuais ou coletivos.

Paixões são efêmeras. Prejudiciais. Pelas paixões, criam-se sistemas de extermínios, políticos, religiosos, filosofais, gerando a cegueira na alma. E a cegueira na alma leva os seres humanos aos caminhos que apontam o chão, o abismo, da incompetência, da desarmonia cósmica.

As paixões fizeram dos humanos os maiores predadores do planeta. Acabamos com as matas, os rios, os oceanos, os animais e com milhões de seres da mesma espécie.

As guerras. Fundamentalismo. Dogmas. Crenças. Elementos que não passam de substratos mentais, governam o dia a dia na sociedade. Imposições. Regulamentos que não respeitam a liberdade e o direito de ir e vir. Preocupações materiais que só visam a prevaricação de um estado espiritual.

Quem não evolui seu espiritual, não consegue sair dessa saga de desrespeito e destruição ao que é fruto da criação. E todos os que apóiam essa sintonia com a dor, bebem da mesma fonte, praticam os mesmos atos de vandalismo ao que é divino.

Precisamos acabar com os maus tratos com os seres que convivem conosco. A prática da dor, do desperdício de vidas, do escoamento pelo ralo do sangue animal, nas touradas, rodeios, rinhas, caça, corrida de cães e a mais nova invenção de crueldade, a corrida de patos.

Diversão às custas da dor alheia. Os animais sentem. Emocionam-se. Percebem os gestos de amor e de desprezo. Choram a ausência dos que lhes são caros. Os seres humanos avançaram sinais sagrados.

E há quem defenda a idéia desses eventos. Há aqueles que entendem o derramamento de sangue como cultura. Para eles, com certeza, os milhões de judeus mortos no horrendo holocausto da Segunda Grande Guerra, também foi fruto de uma cultura nova.

Basta de violência contra os animais. Faça sua parte. Tente. Defenda. Não se omita. O dinheiro está calando vozes e amordaçando bocas. O reflexo da violência humana está nas páginas dos jornais, na televisão, nas rádios e no portão das nossas casas. Está esperando ela entrar na sua casa?

por Carlos Roberto Ventura

Enviado pelo Instituto Nina Rosa (www.institutoninarosa.org.br)

1 comentários:

Aliz de Castro Lambiazzi **jornALIZta** disse...

Muito bom!
É verdade. Falamos tanto em amor, igualdade, justiça... é tão simples! Acho que somente quando aprendermos a respeitar animais e plantas como seres vivos, tanto quanto nós, aí sim seremos de fato humanos e limpos. Porque o mundo não é nosso, é de todos - e de ninguém ao mesmo tempo. Falta-nos humildade de nos colocarmos no lugar do outro, e isso incluir a tudo que existe nesse mundo.

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