domingo, 5 de julho de 2009

Um emocionante conto de monges

O carro do pifou enquanto ele passava diante de um majestoso mosteiro.
O
resolveu bater à porta. Um monge o atendeu.

O contou o que se tinha passado com o carro, e o monge convidou-o para passar a noite.
Os monges ofereceram-lhe um ótimo jantar e depois encaminharam-no para um pequeno e aconchegante quarto, para dormir.
O Tó agradeceu e dormiu serenamente até ser acordado por um estranho, mas bonito som.
Era uma melodia como nunca ouvira antes, magnífica, inexplicável...

Na manhã seguinte, enquanto os monges lhe reparavam o carro, o Tó perguntou que som era aquele que o tinha acordado.
Disse um dos monges:
" - Lamentamos, mas não podemos lhe dizer o porquê do som. Você não é monge.".

O Tó ficou desapontado, agradeceu aos monges e foi embora bastante curioso.
Alguns anos mais tarde, o Tó passava novamente em frente ao mosteiro e lembrou da música...
Parou e foi pedir aos monges se podia passar ali a noite, já que tinha sido tão bem tratado da última vez que lá estivera.
Os monges concordaram e ele lá ficou.

De madrugada, ouve de novo o tal som estranho e lindo.
Na manhã seguinte, pediu aos monges para lhe explicarem o motivo e que era o tal som.
Mas novamente os monges deram-lhe a mesma resposta:
"-Lamentamos, mas não lhe podemos falar acerca do som. Você não é um monge".

Foi então que a curiosidade transformou-se em obsessão.
Tó não pensava mais em outra coisa.
Até que decidiu desistir da vida material e tornar-se monge, porque era a única maneira de desvendar aquele mistério.
Então Tó voltou ao mosteiro e informou aos monges sobre sua decisão.

Começou a longa e difícil jornada para se tornar um monge.
Passaram-se 20 anos de muita dedicação e chegou finalmente o dia da celebração em que Tó se tornaria um verdadeiro membro da ordem.
Quando a celebração acabou, ele rapidamente dirigiu-se ao líder da ordem, e perguntou pelo som.

Silenciosamente, o velho monge conduziu Tó a uma enorme porta de madeira.
Abriu a porta com uma chave de ouro!
Essa porta conduziu a uma segunda porta, de prata; depois a uma terceira de ouro; e depois a uma quarta, de brilhantes; a quinta de pérolas; a sexta de diamantes; a sétima de safiras.

Daí ainda surgiu uma oitava porta de esmeraldas; uma nona de rubis; uma décima, novamente de ouro; uma décima primeira, novamente de prata.
Até que chegaram à décima segunda porta, de madeira, que foi se abrindo lentamente.

Os olhos de Tó então encheram-se de lágrimas de alegria assim que viu a origem de tal lindo e misterioso som que ele ouvira tantas vezes durante anos...
Nunca tinha sentido uma coisa assim...
Era uma sensação indescritível...
Durante toda a vida tinha esperado por aquele momento...
Mas enfim...
Era...

Peraí!
Não posso dizer o que era!
Você também não é monge!

História enviada por José Arnaldo Carneiro Campelo em 04/07/2009.

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