domingo, 31 de maio de 2009

Cultura inútil, mas nem tanto

Há ditos populares e expressões usadas no nosso dia a dia que são pronunciadas de forma errada.
Com o passar do tempo, foram sendo interpretadas de forma errada por quem as ouvia e sendo modificadas.
Veja alguns exemplos e torne-se o mais culto da roda de amigos
(principalmente entre aqueles que só falam de futebol...)

Obs.- As informações abaixo modificaram minha vida...


CORRIGINDO DITOS POPULARES

Diz-se: Esse menino não para quieto, parece que tem o bicho carpinteiro!
O correto é: Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro!

Diz-se: Batatinha, quando nasce, esparrama pelo chão.
O correto é: Batatinha, quando nasce, espalha a rama pelo chão...

Diz-se: Cor de burro quando foge.
O correto é: Corro de burro quando foge.

Outro em que todo mundo erra:

Quem tem boca vai a Roma.
O correto é: Quem tem boca vaia Roma.

E ainda:

É a cara do pai escarrado e cuspido.
(quando se quer dizer que alguém é muito parecido com o pai).
O correto é: É a cara do pai em carrara esculpido
(Carrara é um local da Itália de onde se extrai belo mármore, que ganhou o seu nome)

Mais um famoso: Quem não tem cão caça com gato...
O correto é: Quem não tem cão caça como gato... Ou seja, sozinho!!!


EXPRESSÕES EXPLICADAS...

NAS COXAS
As primeiras telhas do Brasil eram feitas de argila moldada nas coxas dos escravos.
Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam desiguais.
Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

VOTO DE MINERVA
Na Mitologia Grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de a ter assassinato.
No julgamento havia empate entre os jurados, cabendo à deusa Minerva, da Sabedoria, o voto decisivo.
O réu foi absolvido, e Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava Joana.
Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico.
Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa.
E o burrico caminhou direto para uma delas...
Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e conto do
vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

A VER NAVIOS
Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (sec XVI), desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos.
Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Por isso o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca, e era comum pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria.
Como ele não regressou, o povo ficava a ver navios.

NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova.
Daí que não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULA
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remedinho.
A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo ruim

SEM EIRA NEM BEIRA
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel.
Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura.
Estar sem eira nem beira significa que a pessoa é pobre e não tem sustentáculo no raciocínio.

CANTO DO CISNE
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer.
A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

0 comentários:

Postar um comentário